A cada quatro segundos morre uma pessoa de fome, denunciaram hoje mais de 200 organizações não-governamentais, pedindo aos líderes mundiais reunidos na 76.ª Assembleia Geral da ONU que “adotem ações que travem a crise”.
As organizações não-governamentais (ONG), provenientes de 75 países, assinaram uma carta aberta dirigida aos líderes de Estados presentes em Nova Iorque para expressar indignação pela “explosão do número de pessoas famintas” e fazer recomendações para travar a crise global de fome.
Atualmente, 345 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de fome aguda, número que mais do que duplicou desde 2019, sublinharam as 238 organizações em comunicado de imprensa.
A carta aberta foi publicada a propósito do início da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde um grande número de líderes políticos, mas também representantes da sociedade civil se reúnem durante uma semana para aquele que é considerado o encontro diplomático mais importante do mundo.
A crise alimentar, a par da crise de segurança causada pela invasão russa da Ucrânia e das crises energética e climática são as principais questões que estarão em debate na Assembleia Geral da ONU, que hoje começa.
Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) referiu que mais de 12% dos africanos enfrentam insegurança alimentar e apelou aos governos da África subsaariana para serem criteriosos na definição das políticas e da despesa pública.
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