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Writer's pictureRicky Duraes

SALMAN RUSHDIE LIGADO A VENTILADOR APÓS ATAQUE. PERDERÁ TAMBÉM UM OLHO

No ataque o escritor foi esfaqueado ao nível do fígado, mas os nervos de um dos braços também foram cortados. Segundo o agente, Rushdie perdeu ainda um olho. O atacante foi detido, e identificado como Hadi Matar, 24 anos, originário do estado de Nova Jérsia


Salman Rushdie Foto:NPR

O escritor britânico Salman Rushdie, autor dos controversos "Versículos Satânicos" e alvo de uma sentença de morte há mais de 30 anos, foi ligado a um ventilador após ter sido esfaqueado na sexta-feira no estado de Nova Iorque.

"As notícias não são boas", disse na sexta-feira à noite ao jornal New York Times o agente do escritor, Andrew Wylie.

"O Salman vai provavelmente perder um olho; os nervos do seu braço foram cortados e o foi esfaqueado ao nível do fígado, afirmou Wylie, precisando que o autor, de 75 anos, tinha sido ligado a um ventilador.

Rushdie foi atacado na sexta-feira por volta das 11:00 (16:00 em Lisboa) quando iniciava uma palestra em Chautauqua, no noroeste do estado norte-americano de Nova Iorque.

"Um suspeito precipitou-se sobre o local e atacou Salman Rushdie e o entrevistador", esfaqueando o escritor no pescoço e no abdómen, disse na sexta-feira a polícia, acrescentando que o moderador da conferência, Ralph Henry Reese, de 73 anos, foi "levemente ferido na face".

O atacante foi detido pela polícia, explicou então Staniszewski, que o identificou como Hadi Matar, 24 anos, originário do estado de Nova Jérsia.

O escritor britânico Salman Rushdie, autor dos controversos "Versículos Satânicos" e alvo de uma sentença de morte há mais de 30 anos, foi ligado a um ventilador após ter sido esfaqueado na sexta-feira no estado de Nova Iorque.

"As notícias não são boas", disse na sexta-feira à noite ao jornal New York Times o agente do escritor, Andrew Wylie.

"O Salman vai provavelmente perder um olho; os nervos do seu braço foram cortados e o foi esfaqueado ao nível do fígado, afirmou Wylie, precisando que o autor, de 75 anos, tinha sido ligado a um ventilador.

Rushdie foi atacado na sexta-feira por volta das 11:00 (16:00 em Lisboa) quando iniciava uma palestra em Chautauqua, no noroeste do estado norte-americano de Nova Iorque.

"Um suspeito precipitou-se sobre o local e atacou Salman Rushdie e o entrevistador", esfaqueando o escritor no pescoço e no abdómen, disse na sexta-feira a polícia, acrescentando que o moderador da conferência, Ralph Henry Reese, de 73 anos, foi "levemente ferido na face".

O atacante foi detido pela polícia, explicou então Staniszewski, que o identificou como Hadi Matar, 24 anos, originário do estado de Nova Jérsia.

Logo após a agressão, o escritor foi transportado de helicóptero para o hospital mais próximo, onde foi operado de urgência, explicou à imprensa o major Eugene Staniszewski da polícia estadual.

Já hoje, o principal jornal diário do Irão, Kayhan, felicitou o agressor.

"Bravo a esse homem corajoso e consciente do seu dever que atacou o apóstata e vicioso Salman Rushdie", escreveu o jornal.

"Beijemos a mão daquele que rasgou o pescoço do inimigo de Deus com uma faca".

As autoridades iranianas ainda não comentaram oficialmente a tentativa de assassinato do intelectual de 75 anos.

Salman Rushdie incendiou parte do mundo muçulmano com a publicação, em setembro de 1988, do livro "Os Versículos Satânicos", levando o fundador da República Islâmica, ayatollah Rouhollah Khomeini, a emitir uma "fatwa" (decreto religioso) em 1989 apelando ao seu assassínio.

Esta sentença de morte, que perdura há mais de 30 anos, foi ordenada pelo alegado crime de "blasfémia", que custou ao escritor a possibilidade de uma vida normal e o afastou da família.

O Irão ofereceu então uma recompensa de três milhões de dólares a qualquer pessoa que matasse Rushdie.

O governo do Irão há muito que se distanciou do decreto de Khomeini, mas o sentimento anti-Rushdie permanece.

Em 2012, uma fundação religiosa iraniana aumentou a recompensa pelo assassinato de Rushdie para 3,3 milhões de dólares.

Rushdie desvalorizou a ameaça na altura, dizendo que não havia "nenhuma prova" de que as pessoas estivessem interessadas na recompensa.

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