O Ministério das Infraestruturas disse hoje que o plano de reestruturação da TAP "está a ser executado com sucesso", com "sentido de responsabilidade" dos trabalhadores em transformar a operadora aérea "numa empresa rentável e sustentável". Pilotos, tripulantes de cabine e técnicos de manutenção manifestaram-se hoje, em Lisboa.
Várias centenas de trabalhadores da TAP, entre pilotos, tripulantes de cabine e técnicos de manutenção, manifestaram-se hoje, em Lisboa, numa marcha silenciosa até ao Ministério das Infraestruturas, pela melhoria da qualidade do serviço e sustentabilidade da empresa.
Em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação salienta que "tem acompanhado de perto as reivindicações e os apelos expressos pelos trabalhadores da TAP ao longo dos últimos meses e compreende o momento difícil por que passam todos aqueles que, todos os dias, permitem à companhia operar".
No entanto, acrescenta, "é preciso não esquecer que a companhia aérea atravessa ainda aquele que é o momento mais desafiante da sua história", uma vez que a TAP "vive as consequências do ano dramático de 2020, quando o encerramento da empresa foi apenas travado pela injeção de fundos públicos, por parte do Estado português, num valor que vai atingir os 3,2 mil milhões de euros".
Esta injeção de fundos públicos "só foi autorizada pela Comissão Europeia por estar sujeita a um plano de reestruturação exigente, que terminará apenas em 2025.
O ministério aponta que "o processo de redução de custos laborais na empresa resultou de acordos assinados com 14 organizações representativas dos trabalhadores, que demonstram enorme sentido de responsabilidade e de compromisso com a recuperação da empresa".
Na sexta-feira, as direções do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil , Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil e do Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves anunciaram o protesto, que junta "pela primeira vez na história da aviação nacional, pilotos, pessoal de cabine e técnicos de manutenção".
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