Congressistas dos EUA questionaram na quinta-feira em voz alta como é que divergências entre agências federais sobre o desenvolvimento de serviços de comunicação de alta velocidade sem fios (5G) atingiram proporções de crise em janeiro.
O congresso nos Estados Unidos está a questionar as diferentes opiniões das agências federais sobre o propalado 5g- serviços de comunicação de alta velocidade sem fios. Porém, obtiveram poucas respostas sobre a disputa que levantou preocupações sobre interferências com equipamentos-chave em alguns aviões.
Alguns voos têm sido cancelados desde que a Verizon e a AT&T ligaram as suas redes no mês passado, mas as previsões de cancelamentos generalizados de voos acabaram por se revelar erradas.
A agência federal da aviação autorizou 90% dos aviões dos EUA a aterrarem em más condições de visibilidade em aeroportos com torres da 5G nas proximidades.
Estas aprovações têm sido concedidas mês a mês, avião por avião, baseadas no modelo do radio altímetro que usam para medir a sua altura em relação ao chão.
Alguns aviões com desempenho fraco continuam restritos e o nivelamento de todos os aparelhos vai demorar provavelmente pelo menos um ano.
Os presidentes executivos da American Airlines e da United Airlines disseram que não esperam muito mais perturbações. Porém, mais de metade dos aviões operados por transportadoras aéreas regionais permanecem inoperacionais durante o mau tempo. De facto, continuam a existir cancelamentos em mais de um quarto dos voos nos três principais aeroportos da área de Nova Iorque que são feitos por pequenos aviões que não podem aterrar durante o mau tempo devido às restrições relacionadas com o 5G.
A FCC e as empresas de telecomunicações argumentaram que há 40 países com as torres instaladas perto dos aeroportos e que não têm reportado radio interferências com os aviões. Mas os transportadores aéreos contrapõem que esses países têm sinais 5G mais fracos ou impõem outras restrições ao serviço para prevenir interferências, o que a indústria das telecomunicações contesta.
A Verizon e a AT&T aceitaram dois adiamentos antes de lançarem muitos dos seus novos serviços 5G em 19 de janeiro, exceto nas proximidades dos aeroportos, onde aceitaram não pôr a funcionar as torres.
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