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Writer's pictureRicky Duraes

Biden: Altos e baixos do primeiro ano de mandato do presidente dos EUA


Joe Biden Foto: La Voz de Galicia

Um ano depois de ter chegado à Casa Branca, o Presidente dos EUA, Joe Biden, percorreu uma montanha-russa de altos e baixos políticos, onde os seus fracos indicadores de popularidade refletem a predominância de insucessos.

Entre os assuntos que marcaram negativamente este primeiro ano podemos começar por referir a questão da violência doméstica que no último ano teve contornos ainda mais graves.

Na campanha eleitoral de 2020, Biden tinha prometido às famílias de vítimas de violência armada que iria aumentar o controlo de compra e uso de armas. Nos EUA, ao longo de 2021 morreram cerca de 20 mil pessoas por crimes armados e, até hoje, Biden não conseguiu apoio no Congresso para fazer aprovar legislação significativa sob controlo de armas.

Outro aspeto tem a ver com a inflação.

Em 2021, a inflação nos EUA subiu para 6,8%, a marca mais alta desde 1982, e a Reserva Federal norte-americana já anunciou que vai ter de subir a taxa de juro, pelo menos por duas vezes, num esforço de tentar controlar a espiral de ascensão dos preços.

A Casa Branca não escondeu a irritação quando, há poucas semanas, o antigo secretário do Departamento do Tesouro Larry Summers avisou que a inflação iria deitar por terra grande parte do plano económico de Joe Biden.

Outro tópico considerado negativo foi a saída militar do Afeganistão.

Quando parecia que a política externa de Biden estava a permitir pacificar a ordem internacional e apaziguar os norte-americanos com a posição dos EUA no cenário mundial, eis que o Presidente anuncia para o final de agosto de 2021 a retirada total das tropas no Afeganistão, cumprindo um compromisso assumido pelo seu antecessor, Donald Trump.


A consequente tomada de poder pelos talibãs e as imagens televisivas de pessoas que se agarravam aos trens de aterragem de aviões que partiam do aeroporto internacional de Cabul para fugir ao novo regime chocaram o mundo e mancharam a imagem externa da Casa Branca.

Por fim a reforma da lei eleitoral continua a ser um cavalo de batalha. O Partido Democrata de Joe Biden mostrou-se muitas vezes descontente com os obstáculos ao voto das minorias, em particular nos estados mais conservadores, propondo uma alteração radical na Lei Eleitoral, mas até agora não conseguiu sequer, para já, unir a bancada dos democratas à volta desta ideia.

Mas nem tudo foi negativo principalmente no combate à pandemia. O programa de alívio financeiro à pandemia de covid-19, no valor de 1,9 biliões de dólares (cerca de 1,7 biliões de euros), destinado a famílias, aos estados e a várias cidades, foi elogiado por republicanos e democratas. O regresso à organização mundial de saúde e as questões climáticas também foram pontos positivos, agora os índices de popularidade mostram que nem tudo vai bem em Washington.

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